metonímia

Metonímia


Chama-se de metonímia ou transnominação uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.

Sinédoque: É um tipo de metonímia que consiste na atribuição da parte pelo todo, ou do todo pela parte.

Causa pelo efeito: Exemplo:
Sócrates tomou as mortes (O efeito é a morte, a causa é o veneno).
Sou alérgica a cigarro (O cigarro é a causa: a fumaça, o efeito. Podemos ser alérgicos a fumaça, mas não ao cigarro).

Marca pelo autor: Exemplo:
O meu irmãozinho adora Danone (Danone é a marca do iogurte; o menino gosta de iogurte).

Autor pela obra: Exemplo:
Lemos Machado de Assis por interesse (Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as obras dele em geral).

Possuidor pelo possuído: Exemplo:
Ir ao barbeiro (O barbeiro trabalha na barbearia, aonde se vai de fato, ninguém vai a uma pessoa, mas ao local onde ela está).

Matéria pelo objeto: Exemplo:
Quem por ferro fere... (ferro substitui aqui, espada por exemplo).

O singular pelo primário: Exemplo:
O brasileiro é um apaixonado pelo futebol (Não é só um brasileiro e sim todos eles).

Antonomásia

É uma figura de linguagem caracterizada pela substituição de um nome por outro nome ou expressão que lembre uma qualidade
Outros Exemplos:
• O Filho de Deus (Jesus Cristo)
• O Rei da guitarra (Jimi Hendrix)
• O Rei Lagarto (Jim Morrison)
• A diversão da Cidade (Los Angeles)
• O gênio folk (Bob Dylan)
• A rainha do pop (Madonna)
• O baterista (Neil Peart)
• A voz (Frank Sinatra)
• O Rei do Rock (Elvis Presley)
• A bateria monstruosa (John Bonham)
• O teclado preciso (Ray Manzarek)
• O Rei do Futebol (Pelé)
• O Rei (Roberto Carlos)
• A Rainha dos baixinhos (Xuxa)
• O rei do pop (Michael Jackson)
• O Fenômeno (Ronaldo Nazário)
• A Namoradinha do Brasil (Regina Duarte)
• A Princesa Do Pop (Britney Spears)
• O Galinho de Quintino (Zico)

Gradação
É uma figura de estilo, relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplos:
• Tudo começou no meu quarto, onde concebi as ideias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o país, o mundo... E a desejar o próprio Universo...
• Meu caro, para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme... Menos que isso! Uma bactéria! Um vírus!...
• "O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário." (Olavo Bilac)
Mas muitas vezes a gradação pode acontecer desta forma : no começo do texto se põe uma coisa e no final termina a freqüência.

Metáfora
È uma figura de estilo (ou tropo linguístico), que consiste na comparação de dois termos sem o uso de um conectivo.
"Amor é fogo que arde sem se ver"

— Luís de Camões

O termo fogo mantém seu sentido próprio - desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo, o carvão - e possui sentidos figurados - fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.
Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.
Meu coração é um balde despejado

— Fernando Pessoa



Onomatopeia
Onomatopéia é uma figura de linguagem na qual se reproduz um som com um fonema ou palavra. A forma adjetiva é onomatopaico. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias.
Exemplos
• Ai! –dor ou grito
• Ai, ai... –lamentação
• Ah! – grito
• Ha Ha Ha!– riso
• Atchim! - espirro
• Au! - latido
• Bang! – tiro
• Buáá! – choro
• Clap! – palmas
• Grrr! – grunhido
• Miau! – miado
• Nhec – rangido
• Oops! – espanto; medo; surpresa
• Tic-tac! – relógio
• Tchibum – mergulho
• Zzz! – zumbido ou alguem dormindo
• Splash – mergulho
• Quack! – pato
• Blin Blong! – campainha
• Beep!
• Muuu - mugir(boi, vaca, etc)
• Arghn! / Urgh! – som de nojo ou repulsa.
• crash! - batida
• Au Au! - Cão latindo
• Cócóricó - Galo cantando
• Bii Bii – Buzina
Sarcasmo
Sarcasmo (do grego antigo σαρκασμός "sarkasmos" ou "Sarkázein"; Sarx=“carne” Asmo= queimar “queimar a carne”) designa um escárnio ou uma zombaria, intimamente ligado à ironia com um intuito mordaz quase cruel, muitas vezes ferindo a sensibilidade da pessoa que o recebe. A origem da palavra está ligada ao facto de muitas vezes mordermos os lábios quando alguém se dirige a nós com um sarcasmo mordaz.
O sarcasmo é uma figura de estilo muito utilizada nas artes orais e escritas, designadamente na literatura e na oratória. Fyodor Dostoyevsky foi um dos grandes representantes do uso deste recurso estilístico, definindo-o como " o último refúgio dos modestos e virtuosos quando a privacidade das suas almas é invadida vulgar e intrusivamente".

Aliteração
Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A aliteração é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas.
Descrição
Quando usada sabiamente, a aliteração ajuda a valorizar musicalmente o texto literário. Mas não se trata de simples sonoridades destituídas de conteúdo. Geralmente, a aliteração sublinha (ou introduz) determinados valores expressivos, nem sempre facilmente descritíveis.
Exemplo:
Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas
Brincam nos tempos das Berlindas
As vindas vendo das varandas.

— Fernando Pessoa

Esta estrofe de Fernando Pessoa é um exemplo soberbo do uso expressivo da aliteração. Na realidade, estamos, não perante uma aliteração, mas face a um complexo onde podemos facilmente identificar
• aliteração do L
• aliteração do D
• aliteração do B
• aliteração do V
Neste caso, a acumulação aliterativa cria um efeito musical intenso que leva-nos a colocar num plano secundário o conteúdo. No entanto, em condições normais a aliteração põe em evidência as palavras afectadas e, portanto, sublinha o seu valor expressivo. Por vezes, permite mesmo estabelecer associações pouco evidentes entre palavras. Frequentemente a aliteração aparece associada à assonância (neste exemplo, i/in e a/an).

Hipérbato
Hipérbato (do grego hyperbaton, que ultrapassa) também conhecido como inversão, é uma figura de linguagem que consiste na troca da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes.
Exemplos
1. "Aquela triste e leda madrugada" (Luís Vaz de Camões)
2. "Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero." (Fernando Pessoa)
3. "Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores" (Osório Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)
4. "Não é que o meu o teu sangue / Sangue de maior primor." (Alexandre Herculano)
5. Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.
6. Aves, desisti de as ter!
7. Das minhas coisas cuido eu!

Paranomásia
Paranomásia ou paronomásia uma figura estilística que consiste no emprego de palavras parônimas (com sonoridade semelhante) numa mesma frase, fenômeno que é popularmente conhecido como trocadilho.
Os trocadilhos constituem um dos recursos retóricos mais utilizados em discursos humorísticos e publicitários. Resulta sempre da semelhança fonética ou sintática de dois enunciados cuja conjunção, comparação ou subentendido (enunciado elíptico, não referido directamente) cria um efeito inesperado, intencional ou não, aproveitando a sonoridade similar e o efeito de surpresa sobre o ouvinte ou o leitor da junção de significados díspares num mesmo contexto. Os trocadilhos mais frequentes são cacofonias em que uma determinada palavra é pronunciada de forma a parecer outra, geralmente com intenção humorística, maliciosa, obscena e/ou grosseira.
Exemplos
Berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe.
— Caetano Veloso

• "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre António Vieira)
• "Exportar é o que importa"' (Delfim Netto)
• "Com os preços praticados em planos de saúde, uma simples fatura em decorrência de uma fratura pode acabar com a nossa fartura" (Max Nunes)
• George Gamov, ao conceber um trabalho sobre Cosmogonia, junto a Ralph Alpher, intitulou Teoria Alpher-Bethe-Gamov. Gamov adicionou o nome de Hans Bethe (que não participara da concepção do trabalho) para fazer um trocadilho com as três primeiras letras do alfabeto grego, alfa, beta e gama.
• As têmporas da maçã, as têmporas da hortelã, as têmporas da romã, as têmporas do tempo, o tempo temporã. (Murilo Mendes)
• Melancolias, mercadorias espreitam-me. (Carlos Drummond de Andrade)

Pleonasmo
Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.

Pleonasmo literário
Também denominado pleonasmo de reforço, estilístico ou semântico, trata-se do uso do pleonasmo como figura de linguagem para enfatizar algo em um texto. Grandes autores usam muito deste recurso. Nos seus textos os pleonasmos não são considerados vícios de linguagem, e sim pleonasmos literários.
Pleonasmo vicioso
Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou idéia na frase. Essa não é uma figura de linguagem, e sim um vício de linguagem.
Exemplos
Por exemplo: Estou organizando uma torcida organizada.
Pleonasmos literários
"Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quanto em visão com os da saudade via."
(Alberto de Oliveira)
"Morrerás morte vil na mão de um forte."
(Gonçalves Dias)
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal"
(Fernando Pessoa)
"O cadáver de um defunto morto que já faleceu"
(Roberto Gómez Bolaños)
"E rir meu riso"
(Vinícius de Moraes)


Resumo Josiane Maiara da Silva
pp1001

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